SEJA BEM VINDO

BEM VINDO AO ESPAÇO AFRO CULTURAL

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

‎"Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem......ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender. E se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a amar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta."

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Conflitos

O atraso econômico e a propagação da miséria motivam embates entre grupos rivais. No caso da África Subsaariana, a luta é sobretudo pelo controle de riquezas naturais. Os embates são também, hernça do colonialismo. A divisão geopolítica do continente pelas potências europeias, no século XlX, desenhou de form arbitrária s fronteiras nacionais, reunindo grupos étnicos hostis num mesmo estado e separando povos de mesma origem em diferentes países

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

HOMEM NEGRO

A  teoria mais aceite entre os antropólogos e arqueólogos diz que a "África é o berço da humanidade", mas o "homem negro" talvez tenha sido o último a surgir entre os representantes das grandes etnias.


sábado, 23 de julho de 2011

DIA DA ÁFRICA

A Organização da Unidade Africana escolheu o dia da sua constituição, 25 de Maio de 1963 como o Dia da África, para o mundo celebrar e lembrar os africanos, medindo o progresso que este continente fazia e faz na comunidade internacional.

África! 47 Anos desde a criação, em Addis Abeba (Etiópia), da Organização de Unidade Africana (OUA), em carta assinada por 32 estados africanos já independentes na altura.

O acto constituiu-se no maior compromisso político dos líderes africanos, que visou a aceleração do fim da colonização do continente.

No dia 25 de Maio de 1963 reuniram-se 32 Chefes de Estado africanos com ideias contrárias à subordinação a que o continente estava submetido durante séculos (colonialismo, neocolonialismo e "partilha da África").

Dessa reunião, nasceu a OUA (Organização de Unidade Africana). Pela importância daquele momento, o 25 de Maio foi instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 1972, Dia da Libertação de África.

A criação da OUA traduziu a vontade dos africanos de converterem-se num corpo único, capaz de responder, de forma organizada e solidária, aos múltiplos desafios com que se defrontam para reunir as condições necessárias à construção do futuro dos filhos de África.

Como a OUA mostrou-se incapaz de resolver os conflitos surgidos continuamente em toda a parte do continente, os golpes de estado tornaram-se uma prática. Economicamente, os indicadores também estavam longe de serem animadores, concorrendo para isso a própria instabilidade militar e as múltiplas epidemias.

Assim, a 12 Julho de 2002, em Durban, o último presidente da OUA, o sul-africano Thabo Mbeki, proclamou solenemente a dissolução da organização e o nascimento da União Africana, como necessidade de se fazer face aos desafios com que o continente se defronta, perante as mudanças sociais, económicas e políticas que se operam no mundo.

Contudo, resolveu manter a comemoração do Dia de Africa a 25 de Maio, para lembrar o ponto de partida, a trajectória e o que resta para se chegar à meta de "uma África unida e forte", capaz de concretizar os sonhos de "liberdade, igualdade, justiça e dignidade" dos fundadores.

Dos 54 estados africanos, 53 são membros da nova organização: Marrocos se afastou voluntariamente em 1985, em sinal de protesto pela admissão da auto-proclamada República Árabe Saharaui, reconhecida pela OUA em 1982.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

EGITO UM PAÍS AFRICANO

 O Egito é um país do norte da África que inclui também a península do Sinai, na Ásia, o que o torna um estado transcontinental.
Com uma área de cerca de 1 001 450 km², o Egito limita a oeste com a Líbia, a sul com o Sudão e a leste com a Faixa de Gaza e Israel. O litoral norte é banhado pelo mar Mediterrâneo e o litoral oriental pelo mar Vermelho. A península do Sinai é banhada pelos golfos de Suez e de Acaba. A sua capital é a cidade do Cairo.
O Egito é um dos países mais populosos de África. A grande maioria da população, estimada em 80 milhões de habitantes (2007), vive nas margens do rio Nilo, praticamente a única área não desértica do país, com cerca de 40 000 kmª; O da Líbia, a oeste, o Arábico ou Oriental, a leste, ambos parte do Saara, e o do Sinai, têm muito pouca população. Cerca de metade da população egípcia vive nos centros urbanos, em especial no Cairo, em Alexandria e nas outras grandes cidades do Delta do Nilo, de maior densidade demográfica.
O país é conhecido pela sua antiga civilização e por alguns dos monumentos mais famosos do mundo, como as pirâmides de Gizé e a Grande Esfinge. A sul, a cidade de Luxor abriga diversos sítios antigos, como o templo de Karnak e o vale dos Reis. O Egito é reconhecido como um país política e culturalmente importante do Médio Oriente e do Norte de África.

terça-feira, 7 de junho de 2011

RIO NILO UMA LONGA HISTÓRIA

     NILO, O RIO DA RAINHA  CLEÓPATRA                                                                              
                                                                                
                                                                                   Localização
O rio Nilo localiza-se no continente africano. Nasce na região central da África, no lago Vitória, atravessando a região central e nordeste do continente.

Informações importantes

O rio Nilo atravessa três países africanos: Uganda, Sudão e Egito. Desemboca, em formato de delta, no Mar Mediterrâneo. O Nilo é o segundo rio mais extenso do mundo com 6.650 quilômetros. Vale lembrar que o rio Amazonas é o primeiro nesta categoria.
O rio Nilo ganhou o formato que tem hoje na fase final da Era Terciária. Ele lança no Mar Mediterrâneo uma média de 2700 metros cúbicos de água por segundo.
Atualmente, o rio assume uma grande importância, principalmente no Egito. É usado como via de transporte, sisstemas de irrigação da agricultura e também para gerar energia elétrica, através da usina hidrelétrica de Assuã.

História

A rio Nilo foi de extrema importância para o desenvolvimento da sociedade do Egito Antigo. Numa região desértica, o rio assumiu funções prioritárias na sociedade. Os egípcios usavam a água para beber, pescar e irrigar a agricultura (através de canais de irrigação). Após a cheia do rio, ficava nas margens um lodo fértil (húmus) que fertilizava o solo para o plantio. O rio era utilizado também como via de transporte de mercadorias e pessoas.

 No Egito Antigo, os egípcios chamavam o rio Nilo de Iteru, que significava “o grande rio”.
O continente africano ocupa o segundo lugar em extensão no planeta Terra e que é o mais quente, tendo desertos abrasadores, densas florestas tropicais e extensas savanas cheias de vida.

Com culturas muito variadas, os habitantes vivem na sua maioria no campo, sendo cada vez mais os que vão para as cidades em busca de trabalho.
Este continente está ligado à Ásia e só um estreito o separa da Europa, o estreito de Gibraltar.
O Saara é o maior deserto do planeta e cobre quase um terço do continente africano onde se encontram as dunas mais altas do mundo.Os diamantes amis valiosos provêm das minas da África do Sul, encontram-se enterrados em grande profundidade no subsolo.O maior rio do mundo é o Nilo, com 6650 quilômetros de comprimento. Nasce simultaneamente em Uganda e na Tanzânia, atravessa Sudão e Egito e desemboca no Mar Mediterrâneo. Banha uma área total de 3 milhões 349 mil quilômetros quadrados, ou seja, uma décima parte da superfície total do continente africano.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Africa - Uma Historia De Dor e Sofrimento


Em um continente tão castigado pela miséria a democracia é uma ferramenta fundamental para que as pessoas possam viver com dignidade, podendo assim garantir seu direito mais fundamental que é viver .
Nós podemos mudar o mundo, nós podemos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O PACOTE DE ÁGUA

O PACOTE DE ÁGUA

Num povoado, vivia um velho muito velho chamado Mancodji. Sua filha Ingueré vivia com ele.

Não demorou muito e chegou a idade de Ingueré se casar. E já que ela era a moça mais bonita do povoado, não faltaram pretendentes: jovens, velhos, homens ricos, muitos foram à casa do velho Mancodji pedir a mão de sua filha.

Mas o velho homem, sempre muito desconfiado, queria o melhor para a sua filha. E acabou achando um jeito de colocar à prova os aspirantes a marido da formosa Ingueré.

Rapidamente o velho espalhou pelo povoado a notícia de que Inguré só se casaria com quem fosse capaz de trazer um pacote feito de água.

A notícia correu para todos os lados. Vinha gente daqui, gente dali, mas o fato é que, por fim, todos, de um modo ou de outro diziam:

─ Mas quem é que viu um pacote feito de água?

─ Isso é algo impossível de conseguir!

─ O velho não quer que Ingueré se case, é isso!

Todos sabiam que, por trás de tal exigência, estava o ardil do velho Mancodji. Os pretendentes foram diminuindo e, como a tal prova nunca era executada, Ingueré continuava sem marido.

Um dia, apareceu um novo pretendente, vindo de uma das aldeias vizinhas. Era o jovem Tamari, que foi à casa do velho Mancodji, para dizer:

─ Quero me casar com sua filha.

Mancodji avisou-lhe:

─ Você não sabe que minha filha só se casará com quem lhe trouxer um pacote feito de água?

Tamari era um jovem muito inteligente e, assim que ouviu a exigência imposta pelo velho, respondeu-lhe:

─Eu sei, meu senhor. E tenho tanta consideração por sua sabedoria, e tanto respeito pelo senhor, que para ter certeza que meu pacote de água não será roubado por ninguém, venho lhe pedir uma corda.

O velho já estava ficando impaciente:

─Uma corda?

Tamari continuou:

─Isso mesmo! Tão logo o senhor me dê uma corda feita com a fumaça que sai do seu cachimbo, eu amarrarei em volta do pacote de água que tenho em meu bolso.

Primeiro o velho Mancodji ficou um pouco atônito com aquela contraproposta. Depois começou a rir. E riu tanto da engenhosa resposta do rapaz, que acabou desejando mesmo que sua filha fosse feliz ao lado daquele moço.

Assim, Tamari e Ingueré se casaram...e Viveram felizes!

CELSO SISTO-(MÃE ÁFRICA-MITOS, LENDAS, FÁBULAS E CONTOS - pg.111)

­

segunda-feira, 30 de maio de 2011


 



Mãe África



Com certeza, fostes o berço da humanidade,

Em minhas veias, ainda corre o teu sangue.

Teus filhos foram arrancados com maldades

E ainda o teu rico solo é regado com sangue.

Tuas raízes históricas são ricas e milenares,

Da humanidade, és patrimônio rico e natural,

Pelas tuas diversidades culturais e valores,

Há a cobiça do capitalismo descomunal.

És negra e original na riqueza da tua pele,

E os teus filhos ainda lutam pela liberdade,

Repudiando o capitalismo sujo da maldade.

Mãe negra, dividida e palco de exploração,

És rica não precisando de ofertas e esmolas,

Por direito e justiça é necessário reparação.





de Everaldo Cerqueira

Salvador - BA - por correio eletrônico




quarta-feira, 25 de maio de 2011

IMPÉRIO DE MONOMATAPA

IMPÉRIO DE MONOMATAPA




O reino de nomomatapa estendeu-se entre os RiosZambeze e Limpopo, num lindo território hoje dividido entre Moçambique, África do Sul, Zimbábue e Malauí. A história desse reino teria começado provavelmente no século XI, com a chegada, no atual Zimbábui, do Xonas e dos comerciantes islamizados. Estes teriam apoiado o conquistador Ruozi numa guerra que resultou na formação de um grande império e uma única organização política, compreendendo os vstos territórios ladeados pelo Oceano Índico, pelos Rios Zambeze e limpopo e pelo Deserto de Kalahari. Esse conquistador tomou o título de "Muene Mutapa" ou "Monomotapa", que literalmente significa "Senhor das Terra Arrasadas".

É numa das regiões desse império que se ergueram dezenas de muros monumentais, construídos em pedras: os Zimb´bui, entre os quais o Grande Zimbábui, considerado a mais grandiosa ruína da África. As primeiras construções datam do fim do século XII. Seus construtores foram os povos xonas, que tinham adquirido mestria na criação dos animais havia vários séculos e possuíam grandes manadas de gado bovino.

Criadores hábeis e também comerciantes, os habitantes do império desenvolveram em grande escala as trocas com locais muito distantes. Mandavam vir tecidos do Zambeze, cobre das regiões mais ao norte e também do ultramar pelo porto de Sofala, além de têxteis, pérolas e porcelanas da China. Em troca, exportavam marfim e, sobretudo, ouro. Com a ofensiva colonial que aniquilou o império de Monomotapa no século XIX, seus antigos territórios voltaram a ser divididos em diversos reinos.

Apartheid

O apartheid foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 pelos sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul, no qual os direitos da grande maioria dos habitantes foram cerceados pelo governo formado pela minoria branca.

A segregação racial na África do Sul teve início ainda no período colonial, mas o apartheid foi introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948. A nova legislação dividia os habitantes em grupos raciais ("negros", "brancos", "de cor", e "indianos"), segregando as áreas residenciais, muitas vezes através de remoções forçadas. A partir de 1958, os negros foram privados de sua cidadania, tornando-se legalmente cidadãos de uma das dez pátrias tribais autônomas chamadas de bantusões, quatro das quais se tornariam estados independentes de fato. À essa altura, o governo já havia segregado a saúde, a educação e outros serviços públicos, fornecendo aos negros serviços inferiores aos dos brancos.

O apartheid trouxe violência e um significativo movimento de resistência interna, bem como um longo embargo comercial contra a África do Sul. Uma série de revoltas populares e protestos causaram o banimento da oposição e a detenção de líderes anti-apartheid. Conforme a desordem se espalhava e se tornava mais violenta, as organizações estatais respondiam com o aumento da repressão e da violência.

Reformas no regime durante a década de 1980 não conseguiram conter a crescente oposição, e em 1990 o presidente Frederik Willem de Klerk iniciou negociações para acabar com o apartheid, o que culminou com a realização de eleições multirraciais e democráticas em 1994, que foram vencidas pelo Congresso Nacional Africano, sob a liderança de Nelson Mandela. Entretanto, os vestígios do apartheid ainda fazem parte da política e da sociedade sul-africana.

A colônia do Cabo foi estabelecida em 1652 pela Companhia Holandesa das Índias Orientais, com o intuito de fornecer uma escala aos navios da empresa a caminho da Indonésia. Os holandeses foram os primeiros europeus a se estabelecerem no sul do continente africano. Os bôeres (do holandês boer, ou "agricultor"), como ficaram conhecidos os primeiros colonizadores, utilizavam o trabalho escravo dos nativos em suas plantations litorâneas.

Em 1795, a colônia do Cabo foi tomada pelo Reino Unido, se transformando em possessão britânica em 1814, por ocasião do Congresso de Viena.[6] Após 1834, quando a escravidão foi abolida em todo o Império Britânico, graves atritos começaram a surgir entre os bôeres e os britânicos, o que culminaria na Grande Migração em direção aos planaltos interiores, iniciada em 1835. Os bôeres se dirigiram ao norte do atual território sul-africano, atravessando as montanhas Drakensberg e levando consigo seus escravos negros. Na segunda metade do século XIX, fundaram as repúblicas do Orange e do Transvaal, que nasceram do massacre dos povos nativos e se constituiriam como sociedades fundadas na opressão racial.

O sistema colonial britânico em Cabo e Natal também adotava práticas racistas que começaram a forjar as bases legais para o regime do apartheid. Os britânicos introduziram a lei do passe no século XIX. Isto surgiu a partir da regulamentação da circulação de pessoas negras das regiões tribais para as áreas ocupadas por pessoas brancas e mestiças, governado pelos britânicos. As leis não foram só criadas para restringir a circulação de pessoas negras para essas áreas, mas também para proibir a sua circulação de um bairro a outro sem o porte de um passe. Os negros não tinham permissão para andar nas ruas das cidades das colônias do Cabo e de Natal de noite e eram obrigados a portar seus passes sempre que estivessem em local público. Em 1892, o voto dos negros foi limitado com base na educação e em recursos financeiros. Dois anos depois, os indianos foram privados de seu direito de voto em Natal. Em 1905, os negros como um todo foram privados do direito de voto, além de terem sua circulação limitada em áreas fixas. No ano seguinte, os indianos foram obrigados a carregarem passes.

No final do século XIX, a descoberta de jazidas de diamantes e ouro nas repúblicas do Orange e do Transvaal provocou a guerra entre ingleses e bôeres. A Guerra dos Bôeres terminou com a rendição das duas repúblicas. Em 1910, uma Constituição negociada entre bôeres e ingleses criou a União Sul-Africana, incorporando os territórios britânicos do Cabo e de Natal com as antigas áreas bôeres. Neste novo domínio britânico, todo o controle político foi dado aos brancos, uma vez que o direito dos negros de se sentarem no parlamento foi banido. Os bôeres logo fundaram o Partido Reunido Nacional para disputar com os ingleses a hegemonia política da região. Sob a bandeira deste partido, os africânderes (descendentes dos bôeres) começaram a lutar pela oficialização das práticas de segregação racial de seus ancestrais.

sábado, 21 de maio de 2011

IMPÉRIO DE GANA



Conhecido como país do ouro, o império de Gana estendia-se nas regiões do Sahel, entre o Senegal médio e a curvatura do Níger. Um dos autores árabes que o mencionam a partir do século VIII narra que “o ouro crescia como cenouras e era arrancado ao nascer do solo [...] e que o rei prendia seu cavalo a uma enorme pepita na qual havia mandado abrir para isso um buraco”.

O soberano vivia na sua capital, Kumbi-Saleh, composta de duas cidades: uma muçulmana, com 12 mesquitas, onde viviam os mercadores, letrados e juristas; outra onde se encontrava o palácio e suas dependências, assim como os túmulos dos príncipes e bosque sagrado ligados aos cultos religiosos tradicionais.

Para governar, o rei era assistido pelos altos dignitários com os quais se reunia a cada manhã para escutar queixas de seus súditos e logo exercer a justiça. Graças às suas riquezas, o rei possuía um exército numeroso, composto de infantaria, arqueiros e cavalaria. Exageradamente, o escritor árabe El-Bekri estimou esse exército em 2oo mil guerreiros. Já no século iX, Gana mantinha um comércio Transaariano com os mercadores árabes, berberes e sudaneses que vinham buscar ouro e em troca ofereciam tecidos, sal e outro produtos de Mangreb.

Por volta de 1077, os almorávidas, uma dinastia berbere das costas atlânticas da África, conquistaram Kumbi-Saleh, capital de Gana, deixando o reino sobreviver apenas como tributário, despido de seu esplendor e com os territórios reduzidos. Após a dissolução do reino de Gana, as antigas províncias se transformaram em pequenos Estados dirigidos por pequenos reis, antigos governadores. A expansão almorávida foi paralelamente acompanhada da conversão de muitos reis ganenses, movidos pela tragédia político-econômica de se integrarem no espaço mercantil islâmico.



MUNANGA, Kabengele - Origens africanas,( 2009.p.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Desmond Tutu

DESMOND TUTU



Desmond Tutu nasceu numa época em que os negros tinham que carregar uma identificação especial e apresentá-la aos policiais brancos quando fossem requisitados. Em 1948, houve eleições na África do Sul, mas como somente os brancos puderam votar, o partido eleito era abertamente racista.
Desmond estudou na Escola Normal de Johannesburgo e, em 1954, na Universidade da África do Sul. Ainda aos 24 anos escreveu ao Primeiro ministro de seu país sobre o apartheid, que chamou de "uma política diabólica". Trabalhou como professor secundário e ordenou-se ministro anglicano em 1960.
De 1967 a 1972, estudou teologia na Inglaterra. Enquanto estava ausente, a situação na África do Sul piorou e os negros eram presos somente por usar banheiros, beber nas fontes ou ir à praia. Em 1968, um protesto calmo feito por estudantes negros transformou-se em tragédia quando a polícia reagiu com um violento ataque, com carros armados, cães e gases.
Em 1975, Desmond Tutu foi o primeiro negro a ser nomeado decano da Catedral de Santa Maria, em Johannesburgo, uma posição pública que o fazia ser ouvido. Sagrado bispo, dirigiu a diocese de Lesoto de 1976 a 1978, ano em que se tornou secretário-geral do Conselho das Igrejas da África do Sul.
Sua proposta para a sociedade sul-africana incluía direitos civis iguais para todos, abolição das leis que limitavam a circulação dos negros, um sistema educacional comum e o fim das deportações forçadas de negros.
Por sua firme posição contra a segregação racial ganhou, em 1984, o Prêmio Nobel da Paz. Na mesma época foi eleito arcebispo de Johannesburgo e depois, da Cidade do Cabo. Recebeu o título de doutor honoris causa de importantes universidades dos EUA, do Reino Unido e da Alemanha.
Em 1966, após a extinção do apartheid, presidiu a comissão de Reconciliação e Verdade, destinada a promover a integração racial na África do Sul, com poderes para investigar, julgar e anistiar crimes contra os direitos humanos praticados na vigência do regime.
Em 1977 divulgou o relatório final da Comissão, que acusava de violação dos direitos humanos tanto as autoridades do regime racista sul-africano como as organizações que lutavam contra o apartheid.