SEJA BEM VINDO

BEM VINDO AO ESPAÇO AFRO CULTURAL

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A GLOBALIZAÇÃO NA ÁFRICA

O continente africano e a globalização



Eliane Yambanis Obersteiner

Especial para o Fovest



 A África é hoje um continente pouco urbanizado, a alimentação se baseia predominantemente no extrativismo vegetal e na caça, e a população rural vive em habitações de barro e palha. Conservam-se tradições primitivas e, embora islamismo, catolicismo e protestantismo estejam presentes entre a população, o espírito de milhões de africanos é fortemente guiado pelo animismo. Todos os países possuem graves problemas sociais básicos como alimentação, saúde, moradia e educação, a maioria sem perspectivas de solução a curto e médio prazos. O que a globalização tem a ver com o continente africano? O processo de globalização que hoje domina o cenário da economia internacional caracteriza-se pelo investimento dos grandes capitais em países de economia emergente, onde a possibilidade de lucro mostra-se maior. No entanto, nem todas as economias nacionais são alvo de interesse por parte dos principais investidores.   Nesse contexto, encaixa-se a maior parte dos países africanos, que está à margem desse processo.         Atualmente, o capital disponível para investimento tem como preferência a América Latina, os países do Leste Europeu e asiáticos. Isso é um problema para a África, pois, sem esse capital, dificilmente se desenvolverá, devido à precariedade estrutural em que se encontra. Do ponto de vista histórico, a vinculação africana ao mercado internacional foi desastrosa e desorganizadora da economia tribal, já que a relação dos países economicamente hegemônicos com o continente sempre foi exploradora e predatória. Durante o mercantilismo, o principal papel desempenhado pela África em relação ao mercado mundial foi o de fornecedor de mão-de-obra para o sistema escravocrata. Na fase contemporânea da história, o interesse europeu volta-se para a expansão capitalista na forma de um neocolonialismo que submeterá o continente aos interesses exploratórios de recursos naturais e de mercado.Quando o colonialismo termina, a independência pouco altera a situação da população, uma vez que a maior parte dos Estados Nacionais é opressora e perdulária, dominada seja por civis, seja por militares. Além disso, os constantes conflitos étnicos colaboram para agravar a situação, gerando gastos e instabilidade política que retardam ainda mais o desenvolvimento. Os efeitos de quase cinco séculos de exploração e estagnação justificam o isolamento africano. A defasagem de seu desenvolvimento social e econômico é imensa, inviabilizando sua inserção no processo de globalização.



* Eliane Yambanis Obersteiner é professora de história do Colégio Equipe

3 comentários:

  1. Gostei muito do texto.
    Ele fala bem de como é a situação da África hoje.
    E mostra também um contrastre que há no mundo, em relação ao seu desenvolvimento.

    ResponderExcluir
  2. Realmente, o país sofreu com a exploração e até hoje enfrenta as consequências e a pobreza deixada. A falta de investimento no continente é o que faz com que a situação permaneça estagnada. Precisamos de bem mais que uma Copa do Mundo para retomar o desenvolvimento da África.


    Mariana Siqueira
    http://o-amor-em-poesia.blogspot.com
    http://loveloversblog.blogspot.com

    ResponderExcluir
  3. Realmente é muito dificil, pois a Africa sofre muito,com a fome com toda a sua pobreza, como uma reportagem na tv que passou sobre pessoas comendo bolinho de barro com açucar sem ter o que comer. E todo mundo investe em tanta coisa mais com esses detalhes pessoas sofrendo ninguém liga, pensam e curtir ao invez da realidade, eles tem que cair na real e fazer alguma coisa.
    By: Talita Angel

    ResponderExcluir